Pré-concepção
Quando pensamos em ter filhos, precisamos ter cuidados até o momento anterior a sua chegada no forninho!
No Ayurveda esse preparo se inicia com a intenção de engravidar, meses antes da concepção.
Alguns casais optam por consultar um astrólogo (conforme sua crença) o que acho muito interessante.
O acompanhamento pré-natal não é muito diferente do nosso, sendo acompanhado por especialistas, que fazem exames e adotam condutas para beneficiar a chegada de seu fruto, tais como:
- Ahara (alimentos saudáveis mês a mês para a formação dos dhatus/tecidos)
- Evitar os excessos na alimentação, nas palavras, principalmente das negativas, das atividades físicas e tudo que possa perturbar a mente e o corpo
- Práticas de meditação são muito bem vindas
- Compartilham experiências com mulheres mais velhas e fazem deste, um momento único.
Venho aprendendo muito com essa formação e integração de conhecimento, saber que somos os únicos seres na Terra com a autonomia de gerar ou não outra vida é algo fantástico.
Fazer essa escolha de forma consciente e saudável é o que, de melhor, podemos oferecer para as futuras gerações.
Alimentação antes da concepção
Para o Ayurveda não importa somente o que se come, mas como se come.
Para que se tenha uma digestão eficiente é preciso que a alimentação seja realizada em ambiente calmo, limpo, de forma consciente, saboreando cada porção.
A diversidade de sabores e cores, é uma forma interessante de elaborarmos o que colocamos no prato, não deixando de nos atentar para os seis sabores:
- Madhura (Doce: arroz, mel, cenoura, batata doce, beterraba e outros),
- Amla (Azedo: limão, iogurte os cítricos em geral),
- Lavana (Salgado: sal de rocha, algas, marinhos),
- Tikta (Amargo: boldo, carqueja, e folhas verdes escuras),
- Kashaya (Adstringente: caqui, feijões) e
- Katu (Picante: alho, pimenta, gengibre).
Com o avanço da ciência hoje, sabemos que o paladar da criança é modulado durante a gravidez, ou seja, quer que seu filho (a) tenha uma boa aceitação alimentar, comece se alimentando bem.
Amamentação
Não é novidade que o aleitamento materno é importante durante os primeiros seis meses de vida do bebê .
Mas será que o Ayurveda falava sobre isso há cerca de 5 mil anos atrás?
Pois pasmem, sim, ele é descrito nos textos canônicos e chamado de Stanya – “ouro liquido” – devido a transmissão de energia vital.
É através dele que a criança continuará no seu processo de crescimento e desenvolvimento no ambiente extra corporal.
Fase esta, de suma importância para o sistema imunológico, neurológico e outros.
Nos últimos anos, com os avanços de pesquisas cientificas, sabe-se de muitos benefícios para crianças que recebem aleitamento materno exclusivo, até os seis meses de vida. Elas possuem menores chances de desenvolverem obesidade na vida adulta, um auxílio na maturação e funcionamento do intestino, e há uma contribuição para o desenvolvimento afetivo emocional. Essas crianças são menos propensas a desenvolverem alergias, e esse processo do aleitamento contribui com a saúde materna.
Se preparar para esse momento auxilia na caminhada, pois sabemos que os desafios são inúmeros e não possui nada de romance.
É necessário muita persistência, resiliência e dedicação. Em casos que, infelizmente o aleitamento materno natural não seja possível, não se culpe ou se puna.
Converse com o pediatra de sua confiança e siga suas orientações, sempre em busca de uma oferta que se aproxime com a do leite materno e aproveite ao máximo cada conquista.
Ah, e não se esqueça, a alimentação materna é a porta de entrada para a qualidade dos nutrientes contidos neste “ouro líquido”.
Introdução alimentar
Galera, vamos lá…
Pensa aqui comigo, hoje a maior parte das Doenças Crônicas não transmissíveis são ocasionadas por um comportamento alimentar inadequado.
Fomos bombardeados pela mídia, indústrias de fast food e muitas outras formas, para acreditar que comidas prontas em 3 min, congeladas, empacotadas vieram para nos ajudar, porém, sabemos que isso NÃO é verdade.
Então, se você possui dúvidas de como passar por essa etapa do desenvolvimento do seu bebê, aconselho buscar ajuda de um (a) nutricionista.
Este profissional poderá te ajudar a entender qual a melhor técnica de preparo, armazenamento e combinação dos alimentos, para essa fase do desenvolvimento.
Muito mais do que receitas fechadas, será possível realizar a introdução alimentar de forma individualizada.
Ou seja, pensa no investimento que estará fazendo para o futuro do seu bebê adotando, desde muito cedo o hábito da “comida de verdade”.
Sem dizer, que tudo pode ficar muito mais divertido, se a confecção do alimento puder ser realizada por todos (quem são os todos) de vez em quando.
Alergia alimentar
Dando continuidade ao início da alimentação de seus bebês, vamos falar de alimentos proibidos e alergênicos.
Está aí um vespeiro, não se esqueça que cada ser humano é uma caixinha de surpresas e nesta fase, da introdução alimentar, se faz necessário ter cautela e bom senso.
Portanto, estamos falando de um organismo em desenvolvimento e às vezes nós o inflamamos por descuido e/ou desconhecimento.
Focando sempre em oferecer “comida de verdade”, e, precisamos lembrar que alguns “alimentos” possuem um maior risco para desencadear processos alérgicos.
Quais alimentos possuem um maior risco?
Além desses, teríamos os aditivos alimentares, corantes e conservantes muito utilizados.
Obs.: Não saia abolindo tais alimentos por conta própria, lembre-se de sempre ter um profissional e tornar essa fase mais suave e prazerosa