
A novidade mais antiga da história da elegância
“Roupa não tem gênero, tem intenção.” – essa frase, que poderia muito bem ter sido dita por Coco Chanel ou Jean-Paul Gaultier, reflete a essência de um movimento que, embora pareça contemporâneo, tem raízes muito mais profundas do que se imagina.
A moda agênero – ou genderless – é a celebração do vestir livre, onde o corpo é espaço de expressão e não de limites impostos por convenções.
Uma novidade que é, na verdade, tradição
Voltemos no tempo.
No Egito Antigo, homens e mulheres vestiam túnicas semelhantes.
Na Grécia, as túnicas (chitóns) eram fluídas e comuns a todos os gêneros.
E na Idade Média europeia, os trajes aristocráticos eram compostos por túnicas longas, cintos, rendas e joias, usadas sem distinção de gênero. O próprio salto alto foi inicialmente criado para homens montarem a cavalo com mais firmeza.
Foi somente com a ascensão da moral vitoriana e a normatização dos papéis sociais no século XIX que a moda passou a se dividir de maneira mais rígida entre “roupa de homem” e “roupa de mulher”.
Mas a História sempre soube se reinventar. E a moda, como linguagem viva, nunca deixou de conversar com o tempo.
De Chanel a Sacha: nomes que vestem ideias
Coco Chanel foi uma das primeiras a desafiar as regras. Ao libertar o corpo feminino dos espartilhos e introduzir o terno como símbolo de autonomia, ela também abria caminho para um pensamento mais fluido.
Já Yves Saint Laurent, ao lançar o icônico “Le Smoking” para mulheres em 1966, redefiniu os códigos de sensualidade e poder com uma peça que era, até então, exclusivamente masculina.
No Brasil, Sasha Meneghel tornou-se um dos rostos mais emblemáticos da nova geração agênero. Sua presença em campanhas, editoriais e passarelas internacionais mostra uma juventude que não quer mais se encaixar – e sim se expressar. Vestindo camisas oversized, alfaiataria desestruturada e peças que transbordam identidade, Sasha representa uma geração que não quer que a roupa diga seu gênero, mas que revele sua essência.
Tendências de um futuro presente
A moda agênero vai além de estética – ela é um gesto político, cultural e emocional.
Segundo Harris Reed, designer britânico que veste celebridades como Harry Styles, “a fluidez de gênero é onde a beleza mais pura da moda floresce.”
Já Alessandro Michele, ex-diretor criativo da Gucci, transformou os desfiles da marca em verdadeiras performances da liberdade identitária.
Marcas como Telfar, Collina Strada, Rick Owens e Maison Margiela apostam, há tempos, em coleções sem gênero.
No Brasil, estilistas independentes como Isaac Silva e Rafael Caetano também têm abraçado esse movimento, provando que moda e inclusão não apenas convivem – elas se impulsionam mutuamente.
E o que vem pela frente?
As passarelas do futuro serão, cada vez mais, espelhos da autenticidade.
O consumo consciente, o reaproveitamento criativo de peças e o olhar para o vestir como expressão da alma fazem parte dessa nova consciência estética.
Como dizia Rei Kawakubo, fundadora da Comme des Garçons:
“A criação vem do desejo de fazer algo diferente, algo que ainda não existe.”
Rei Kawakubo/Comme des Garçons exposição Arte do Intermediário em 2017
E o que poderia ser mais novo do que voltar ao essencial?
Roupas que nos abracem pelo que somos, sem rótulos, sem fronteiras, com toda a liberdade que o corpo, a alma e o tempo merecem.
E talvez te ocorra que isso não se aplica a você, afinal, o que a gente aprecia nas passarelas tende a parecer muito distante daquilo que se veste no dia a dia.
Mas não é bem assim… Ao abrir mão dos rótulos “feminino” e “masculino”, os guarda-roupas passam a se conectar com suas reais intenções e com os seus desejos de imagem.
Na minha Consultoria de Imagem, realizo uma análise dos traços de força e suavidade presentes na sua imagem, assim como da forma como você deseja se ver — e ser vista(o).
Você pode se beneficiar, por exemplo, de uma modelagem maxi, compondo um visual feminino e sensual. Ou, ao contrário, de uma modelagem mais ajustada ao corpo, equilibrando a força já presente na sua expressão.
No meu método, vista-se de você, não há julgamento e nem fórmula pronta para você. Há conversa, técnica e estratégias para que você faça bom uso de tudo que já tem e de tudo que deseja expressar com sua imagem.
Artigo produzido por Lu Ferraz em parceria com Cosmo Fuzaro e com muitos links interessantes da Wikipidia e suporte do Chatgpt.