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Alegria e felicidade: Uma eterna aprendizagem

Em meio a tantas alegrias que vemos nas Festas, sabemos que muitas pessoas acabam enfrentando alguns momentos de tristeza, assim que percebem os primeiros enfeites natalinos nas ruas; que lhes trazem recordações que o Natal e o réveillon vêm chegando.  

Está estabelecido o gatilho, mas no íntimo, estes são apenas sinais para que conteúdos, bem ou mal elaborados durante todo ano, venha à tona, pegando-nos de surpresa e conduzindo-nos a reviver aqueles momentos de tristezas ou de alegrias, mas devemos vivenciá-los como oportunidades para nosso auto crescimento quer tenham sido agradáveis ou não. 

Algumas pessoas relembram entes queridos que estiveram com elas e que não estão mais, outras pensam em pessoas presentes em natais mais distantes e que também   já se foram. 

Se me deixo envolver por estes sentimentos, acabo por atordoar minha capacidade de compreender estes momentos e não os vivencio. 

Então, quando a emoção domina, ela predomina. 

Vivenciar o bom, o bem e o belo é da natureza humana.

Há ainda aquelas pessoas que rememoram alegres natais passados, e ao contrário, natais tristes que gostariam de esquecer. Ninguém pode esquecer uma tristeza, mas podemos transformá-la, procurando compreender e aceitar, que tudo é passageiro. 

O dia de ontem já se foi, e o de amanhã que virá, também irá. Se, no entanto, ficarmos resmungando, os problemas não deixarão de existir, pelo contrário, tenderão a ficarem cada vez mais fortes. Um problema, na grande maioria das vezes, começa pequeno.

Outros ainda, sentem-se tristes também, porque não conseguiram o que prometeram a si próprios para 2.022. 

Então reveja suas metas e as inclua para 2023 e não fique chorando o leite derramado. 

Pessoas sofreram muito no final do ano, porque perderam amigos e amores, e há ainda os que estão tristes por viverem longe de casa para estudar ou trabalhar. 

Procure cultuar o bem, o bom e belo que aquela pessoa lhe propiciou vivenciar. O sofrimento que já ocorreu naquele momento, se você repetir e continuar repetindo só lhe causará mais sofrimentos, então,está na hora de procurar uma ajuda. 

Ninguém foi colocado neste mundo para sofrer, mas para resolvermos problemas, de qualquer ordem e também aprendermos a celebrar nossas vitórias.

No final de ano, vivenciamos dois grandes momentos: o primeiro, pela obsessão das compras num consumismo desenfreado como que se não dar presente seja feio e antissocial, o segundo, são as vibrações espirituais que já perduram por mais de dois mil anos, onde o aniversariante passa despercebido. 

Não celebramos, mas sim comemoramos, na base dos comes e bebes, mas poderia ser também: Comem+oramos. 

Se for presentear, faça com aquilo que pode e o faça de coração. O outro entenderá, porém se isto não acontecer não fique triste, todos têm o direito de tomar esta ou aquela decisão. 

Experimente no dia de Natal ou qualquer outra festividade, dizer a pessoa: olha eu não te trouxe nada. Em seguida de um abraço e diga: eu te amo.

Todos esses e outros casos são muito comuns na nossa sociedade e acontecem em todos os anos, com muita gente. 

Qual é então a preocupação? 

Quando eles começam a se repetirem sistematicamente. Isso não seria uma oportunidade para superá-los e não os repetir a cada ano? 

Já sofremos uma vez e a repetição só aumenta nossa dor, tornar-se consciente é aceitar a realidade e isto ajuda muito a superar a crise. 

Perceba o que de bom está acontecendo na vida.

A tristeza, sem exageros, é normal

Lembro a todos que, estar um pouco triste de vez em quando, é normal, faz parte da natureza humana. 

Ainda mais em datas marcantes, que nos mostram que mais um ano já passou e às vezes nos cobram atitudes e reações para as quais nem sempre estamos preparados.           

Não devemos deixar essas tristezas anularem o que as Festas têm de bom, como a confraternização, os reencontros, as vitórias conquistadas e, afinal, mais um ano de vida. 

A felicidade não depende do homem para existir, ela é eterna, somos nós que nos desviamos da sua rota. No entanto, não significa que a tempestade existirá para sempre. 

As dificuldades do dia a dia podem se tornar uma tormenta em sua vida, caso você encare como ameaça. Se as olhar como oportunidade, sua visão de mundo será bem diferente.  

A vida é um processo de mudança e o tempo é o seu terapeuta. 

Diz o ditado popular: 

“devagar e sempre”

E e eu digo

“Devagar nem sempre”.

Temos que convir que a saudade também nos remete a algo bom que vivemos em algum momento, pelo que devemos estar gratos com a vida. 

Só sentimos falta de quem amamos, de quem nos deu carinho. 

Não é todo mundo que tem isso para recordar. 

Então, porque essas coisas boas não perduram, ou não têm a mesma força que as negativas? 

Porque nós não as treinamos. Procure falar, recordar, reviver as coisas boas com a mesma frequência, com que revives os maus acontecimentos. 

Treine-as muito, para que estejas preparado para enfrentar os desafios.

Portanto, festeje o que você já conquistou, e valorize também o que tem hoje, isso faz muito bem para sua autoestima. 

Não tente segurar o tempo, porque ele escapará de suas mãos como a areia. 

Administre seu tempo, não ELE: o Tempo.

Quanto às promessas não cumpridas, não se puna, aprenda a perdoar-se e procure vivenciar mais as suas conquistas. 

Os acertos da vida são feitos de tentativas; não de arrependimentos. 

Ao perdoar-se, compreenda o que deu errado e aprenda com o erro. 

Não se culpe, porque se isso resolvesse tristeza ou frustrações, o mundo seria de paz.

Compaixão pelo próximo

Outras pessoas sentem-se tristes por pena dos outros. 

Pensam naqueles que nada têm, que sofrem, porque não terão uma ceia e que não receberão abraços. 

É, sem dúvida, um sentimento nobre, de solidariedade e compaixão. 

Mas, sendo realista, sabemos que o mundo é assim desde muito antes de nascermos e que não temos nas mãos o poder de mudar tudo e já.

Procuremos ser melhor a cada dia. Se você tem condições de ajudar alguém, então faça e estará praticando a compaixão, a solidariedade. Caso não possa, então não se culpe ou choramingue, porque agora há mais um infeliz, e este será você.

Se esse ano de 2022 não foi possível, prepare-se, desde o início de 2023, para ajudar alguém, mas colocando você como prioridade e depois o outro. 

Há muitos meios, alguns até surpreendentes. Conheci, por exemplo, um mendigo que ajudava muito uma septuagenária solitária, indo jantar diariamente na casa dela e lhe fazendo companhia. 

Uma criança de 5 anos diante da tristeza do pai por não poder comprar as coisas do Natal, chegou para o pai e ofereceu-lhe o seu cofrinho de moedinhas guardadas durante todo aquele ano.

Se em anos seguidos você se sente infeliz neste período, reavalie os acontecimentos de sua vida e se proponha a mudar. Não tente mudar o outro, 

mude você em primeiro lugar e será um a menos, triste no final de ano, pois, que a felicidade é contagiante e chega em outros corações. 

Assim, que tal sorrir para a próxima pessoa triste que você encontrar? 

Disse-nos certa vez o prof. Henrique José de Souza: 

“A mesma luz que brilha nas estrelas brilha em nossa inteligência, mas todas são centelhas de uma estrela única.  Acredite em você e no seu potencial e já terá dado um passo significativo na vivenciação da alegria de viver. Não há algo mais sublime do que a vida, então aprenda com ela todos os dias. Uma pessoa feliz consegue neutralizar a tristeza de muitas pessoas a sua volta”.