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Em busca da felicidade plena

Tenho certeza que vc já ouviu falar do PIB, Produto Interno Bruto. Vamos conhecer a FIB, Felicidade Interna Plena! Super importante

Não basta ter PIB, é preciso buscar o FIB e ir mais além…

Desde os mais remotos tempos, o homem se depara com esta busca incansável da felicidade. Foi no Butão, em 1972, que o rei deste pequeno país, Jigme Singye Wangchuck, utilizou o termo FIB (felicidade interna bruta) como fator de avaliação da qualidade de vida do seu povo, ao dizer: “ A felicidade interna bruta é mais importante do que o produto interno bruto”.

De lá para cá, ainda que de forma vagarosa, o assunto  tomou espaço na mídia, dentro de escolas, empresas, prefeituras e etc. Alguns projetos estão em andamento, além daquele que foi o pioneiro na cidade de Angatuba-Sp, em parceria com o Instituto Visão Futuro. 

O nosso conhecido PIB (produto interno bruto) é o sistema de avaliação das atividades econômicas de um país ou determinada região. Um mergulho  na história nos mostra que, na década de 40,  o prof. Henrique José de Souza (1883-1963) antecipava tal estado de consciência, ao dizer:

 “ O homem realizado sabe que não há coisa melhor nem satisfação maior que esse estado de paz inabalável resultante do conhecimento da realidade interna. Nada mais pode perturbar essa paz e esse contentamento, nem os maiores sofrimentos, dores e cuidados da vida no mundo, porque está além e acima deles”.

Ao se referir a esta “realidade interna” e “paz inabalável”, o professor nos fala não só da felicidade como um estado de alegria e bem estar típico do FIB, mas também de um mergulho em nossa essência.Trata-se de um estado de consciência onde se harmonizam e se equilibram a mente e o coração. 

Tal conceito é o que eu denominei de FIP – felicidade interna plena. Mas como podemos ser pragmáticos com relação a estes três fatores fundamentais ao ser humano, uma vez que o PIB simboliza o corpo; o FIB, a alma e o FIP, o espiritual?

 Primeiramente, deve nascer de uma consciência individual. Depois, partirmos para o  coletivo. O fato é que a felicidade é integrada por duas poderosas forças, a material e a espiritual. Juntas, elas geram uma terceira, que consiste em desfrutar e compartilhar. 

Sendo assim, o referido conceito pode ser compreendido com atitudes bem simples que tenho compartilhado aonde vou. Desta maneira, será possível desmistificar que felicidade seja algo apenas exterior. Ser feliz não é um ato de “eusismo” o eu comigo mesmo, mas de “nosismo”, onde ser feliz é um plano coletivo (FIP). Então, siga os seguintes passos:

  1. Comece a resgatar as suas qualidades e os seus valores. Coloque-os em ação e exercite-os. Faça uma pequena lista. A cada dia, vá acrescentando outros. Como posso encontrar a felicidade sem mergulhar em mim mesmo? 
  2. Faça isso em família, até que todos tenham claro quais são suas virtudes. Assim, fica até mais fácil praticar a arte de elogiar. 

 Posteriormente, em um plano mais amplo, leve isto para sua escola, empresa ou instituição. Descubra os valores impulsionadores, motivadores do seu ambiente de trabalho e comece a criar um clima organizacional mais brando e suave. 

É fundamental valorizar as pessoas, porque o PIB não é o único determinante de felicidade, aliás nenhum deles deve ser. O essencial é  que estejam em equilíbrio: corpo (físico), alma (sentimentos) e o espírito (inteligência). 

Caso receba várias contribuições de seus colaboradores, enalteça estes valores em uma reunião, publique e compartilhe. Porque os resultados que compõem os índices de felicidade são individuais. Mas, em essência, devem ser coletivos. 

Em uma noosfera ambiental de harmonia, as pessoas produzem mais e melhor. Isto vale para um ambiente de sala de aula e também para qualquer outro. Lance um programa motivador, onde: “Não há nada tão ruim, e não há nada tão bom que não possa ser melhorado”. 

Assim, você transforma a negatividade dos seus oponentes que contra- atacam com flechas do tipo: “Não há nada tão ruim, e não há nada tão bom que não possa ser piorado”. A busca pela felicidade plena requer que saibamos lidar com as adversidades e não ficarmos reclamando delas.

É por esse motivo que os grandes mestres sempre se referiram à Lei de Polaridade. Só porque algo não está de acordo com o desejado, alguém não se torna triste. Se assim fosse, já poderia ser sinal de egoísmo. Ser feliz é estar em paz consigo mesmo e criar esta mesma condição no seu ambiente. 

Ser feliz é uma busca, que começa com uma enorme sequência de passos do “estar feliz”. Alegre-se, porque você ganhou um presente, foi elogiada, recebeu uma visita e etc. Seja como a criança e os filósofos, encante-se com as pequenas coisas, porque as coisas grandes só virão a partir delas. 

 O oposto da felicidade é a tristeza. No entanto, se eu entender que esta tristeza é ruim, jamais descobrirei o que ela quer me dizer. O velho provérbio diz: “há males que vem para o bem”, pois é, o contrario também pode ser verdadeiro.

Quero contar uma história do almiscareiro, um animal que vive nos inacessíveis e altos picos do Himalaia. Conta-se que quando ele alcança certa idade, começa a sentir o cheiro penetrante que exala no ambiente ao seu redor. 

Com o passar do tempo, o almiscareiro começa a ficar excitado com o aroma delicioso. Assim, caminha para lá e para cá, pulando, correndo, farejando sob as árvores e furnas, buscando o perfume em toda parte. Às vezes, por muitas semanas, busca a fonte de tão persistente fragrância.

O animal, então, começa uma busca frenética e a cada vez que isto se repete, ele sai loucamente para encontrar a tal fragrância. Sentindo-se incapaz de localizar o perfume tantalizante, o almiscareiro se torna extremamente inquieto e irritado. Assim, ele continua firme em seu objetivo. Porém, entra em um estado de agitação. 

Em consequência disso, como último e desesperado esforço de encontrar a fonte desta essência, há casos em que o almiscareiro acaba saltando dos altos picos alcantilados do himalaia, cai e perde a vida.  

Por fim, os caçadores encontram os cadáveres, retiram a almejada bolsa de almíscar e produzem o perfume que é consumido em todo o mundo. Assim, o almiscareiro perde a própria vida, procurando do lado de fora aquilo que está dentro de si. 

O conto do almiscareiro é baseado na história de Paramahansa Yogananda. Esta narrativa nos traz um valioso ensinamento. O homem só será feliz quando entender a si mesmo. Assim, entenderá o outro, o universo e toda a Criação, da qual ele é um reflexo. 

Você pode ver muito mais do Prof. Dirceu Moreira na sua página Dirceu Moreira (krono.com.br)