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Dilemas mentais: como parar de sofrer?

Dilemas mentais nos deixam inseguros e em cima do muro. Não conseguimos nos movimentar, tomar as decisões, sair do lugar, fazer acontecer.

Dilema mental é quando, racionalmente, logicamente, nossa mente nos diz para tomar uma certa decisão, escolher um determinado caminho, mas lá no fundinho ainda existe alguma dúvida, ou ainda não existe muita motivação (motivo para agir), para realmente seguir aquele comando.

Alguns exemplos de dilemas mentais:

– Relacionamentos: a mente diz para ficar, porque já conhece e sabe lidar com os defeitos da pessoa etc. Mas, você se sente infeliz em alguns momentos, que falta algo, falta sentido.

– Trabalho: a mente diz que ganho bem, demorei tanto para conquistar tudo isso, mas você sente que falta algo para motivação

 – Amizades: se diverte com aquela turma ou aquela pessoa, mas normalmente acaba gastando dinheiro demais com eles, ou fazendo coisas que se arrepende depois.

– Mudança de cidade: começar do zero, não conheço ninguém, sou tímido, não sou bom em fazer amizades, mas desejo aventura, novos desafios.

– Se compro ou não: aquela casa, carro, faço ou não faço aquele curso.

Quando acontecem

Dilemas mentais acontecem quando não nos estamos nos permitindo SENTIR. Ou seja, tirar um tempo com você mesmo, para escutar outras mensagens que seu corpo está lhe dando, além de sua mente.

Escolhemos tomar decisões e caminhos que a mente nos traz, porque é sempre o caminho mais fácil. 

Sim, é mais fácil porque é ela quem, normalmente, está operando nossa máquina toda, está controlando sua vida, sua forma de ver o mundo. 

E sentir dá mais trabalho do que pensar! A gente não tem controle do que sente! A gente não entende o que sente, porque para entender é preciso usar uma outra linguagem, a de códigos, uma linguagem de sinais, os quais precisam ser decifrados, decodificados. A mensagem não vem pronta com começo, meio e fim, não vem seguindo um raciocínio lógico, onde tudo faz sentido. Pelo contrário…parece que nada faz sentido.

Um dilema mental nos leva a uma crise, que chamo de crise de crescimento: uma oportunidade de olhar para uma determinada questão da nossa vida que está pedindo mais atenção para ser aprofundada e revista, pois se você está sentindo um dilema nesse assunto, é porque esse assunto precisa ser olhado com mais carinho. É porque, esse assunto está sendo trazido por todo o seu sistema operacional para ser revisto, renovado e reformulado. É porque, provavelmente existem valores de vidas mais profundos que envolve aquela questão do dilema, e esses valores precisam ser fortalecidos ou abandonados.

Como resolver os dilemas então?

  1. Aceitação (não conformismo) que esta é a realidade atual.
  2. Cultivar a esperança: vem da fé, de crer na mudança e na vida. 
  3. Frente a um dilema desligue a mente e ligue o sentir (as emoções).
  4. Viver no aqui agora: não é hora de pensar em tudo que pode ou não acontecer / não é hora de colocar prós e contras na balança (isso tudo só ativa, ainda mais, seu raciocínio lógico e reforça o dilema mental) 
  5. Primeiro se conecte com seu corpo: perceba que sinais ele dá quando você pensa sobre aquele dilema (sensações corporais)
  6. Depois, observe o que você sente quando pensa no dilema, tente identificar as emoções base (amor, alegria, raiva, medo, tristeza). Não se preocupe com as variações: angústia, ansiedade, etc., pois elas são emoções guarda-chuvas que abrangem coisas demais, mas não ajudam a identificar a raiz.
  7. Então, imagine cenas diferentes para o dilema e sinta as sensações corporais e as emoções que surgem. Obs.: Vá imaginando cenas diversas até você perceber que sensações boas no corpo e nas emoções começam a surgir.
  8. Focar naquilo que deseja (aquilo que você dedica sua atenção cresce e se fortalece)
  9. Para saber o que deseja: o que fará seu coração acalmar e se sentirá realizado com o processo mesmo que o resultado não aconteça – focar no processo e não no resultado – porque a vida está acontecendo agora e não lá na frente.

Pâmella StrebPsicóloga – especialista em Inteligência Evolutiva