Atrizes de TV que alguns precisam conhecer e outros lembrar
Hoje vou me divertir com a memória dos mais velhos e com a curiosidade dos mais novos. Esse texto vai lembrar de atrizes marcantes, papéis fantásticos e carreiras que merecem nosso reconhecimento:
Zilka Salaberry
A eterna Dona Benta Do Sítio do Picapau Amarelo
Zilka era de família de artistas, se formou em Economia, mas nunca exerceu, o teatro e as telas a adotaram.
Esteve nas companhias de Procópio Ferreira e Dulcina de Moraes.
Fez filmes como Cidade-mulher, Casinha pequena, Matemática zero amor dez, Direito de pecar, entre outros e terminou no cinema nos filmes junto a Xuxa
Foi a primeira mulher se desnudar no teatro brasileiro, mas de forma discreta.
Sua carreira na TV foi ativa e constante, começou em 1956 e não parou mais, foi a delegada de O Bem Amado, a Sinhana de Irmãos Coragem, e ficou anos como a avó que todos queriam ter no Sítio do Picapau Amarelo.
Esteve também em Sangue e Areia, A última valsa, Véu de noiva, O Bofe, O Casarão, Senhora, Cambalacho, Que rei sou eu?, O primo Basílio, Vale Tudo e terminou em Esperança de Benedito Ruy Barbosa.
Cléa Simões
A tia Anastácia do Sítio, um dos personagens mais amados pelas crianças.
Cléa Simões começou a atuar nos anos 60.
Esteve em alguns dos clássicos do cinema brasileiro: Menino do engenho, O Coronel e o Lobisomem, A Deusa Negra, Essa freira é uma parada, Em compasso de espera e Macumba Love.
Outros destaques foram os papéis em novelas como A moreninha. Bandeira 2, Uma rosa com amor, Senhora, Sem lenço e sem documento, I Direito de nascer, Os gigantes, Deus nos Acuda e Fera Ferida, Coração de Estudante, Laços de Família e muitas outras.
Cléa viveu um tempo em que as atrizes negras tinham apenas oportunidade de atuar em papéis de empregada, mas chegou a ver a transformação em curso desde os anos 90.
Foi da Velha Guarda da escola da Portela.
Eloísa Mafalda
Dona de personagens marcantes como Dona Nenê, Dona Pombinha e a eterna Maria Machadão
Começou sem querer por meio do radioteatro, atuando na Rádio Nacional indo depois, para a TV Paulista e de lá, para a rede Globo.
Na Globo, a atriz criou interpretações completamente personalizadas, uma atriz notável, fez a Dona Nenê da primeira versão de A Grande Família, Maria Machadão em Gabriela, Dona Mariana em Paraíso, Gioconda Pontes em Pedra sobre Pedra, Manuela em Mulheres de Areia e um dos seus maiores sucessos, Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro.
Mas, devemos acrescentar, que esteve em Pigmaleão 70, Bandeira 2, O cafona, O bofe, O grito, Saramandaia, Araponga, Por amor, O beijo do vampiro e muitas outras novelas.
É muito interessante sua afirmação sobre a carreira:
“Tudo aconteceu por acaso. Eu não queria ser atriz. Foi tudo uma brincadeira”.
Um dos pontos marcantes nos personagens estava na caracterização, seus cabelos em cada papel eram um destaque.
Etty Fraser
Uma defensora do teatro
Etty mudou sua vida quando conheceu o teatro de Shakespeare.
Atriz de teatro. Foi uma das fundadoras dos teatros Oficina e Arena, participando das principais montagens desses espaços – algumas históricas, como O Rei da Vela.
Em 1968 estreou na televisão numa participação especial na novela que modificou a história da novela na TV, Beto Rockfeller, de Bráulio Pedroso, na Tupi.
Esse folhetim rompeu os padrões, trazendo a novela para a realidade das pessoas.
Nos anos 80 ficou famosa com um programa culinário de muito sucesso chamado A Moda da Casa.
No cinema, Etty participou de filmes emblemáticos, tais como São Paulo S.A. (1965), de Luis Sérgio Person e Durval Discos, dirigido por Anna Muylaert em 2002, que Etty mostrou todo seu talento.
Em breve trarei mais artistas maravilhosos, mas peço aos jovens de talento que me acompanham, pesquisem mais essas divas da dramaturgia, assistam seus trabalhos, aprendam com a beleza da arte da interpretação.
Tive o prazer de ver todas essas atrizes atuando e elas eram capazes de brilhar com uma frase ou simplesmente com um olhar.
Agradeço:
- Acervo globo
- Wikipedia
