Skip to content

Aruanas

Mistura de dramaturgia e defesa ambiental

Hoje vou começar uma nova linha de artigos que escreverei. 

Vou dar minha opinião sobre filmes, séries, livros e peças teatrais e incentivar você a curtir bons trabalhos.

Não sou crítico nem técnico, mas um apaixonado pelas artes cênicas e que tem especial atenção para assuntos ligados a Natureza, Espiritualidade, Inovação e Empreendedorismo.

Escolhi a série Aruanas da Rede Globo para começar. 

Primeiro porque gosto muito das produções nacionais, segundo porque o assunto está muito bem embasado, terceiro porque o elenco é arrasador.

A escolha das atrizes foi fundamental:

Natalie (Débora Falabella), Verônica (Taís Araújo), Olga (Camila Pitanga), Luiza (Leandra Leal) e Clara (Thainá Duarte) – Foto: Globo/Fábio Rocha

Um dos pontos fortes da série é o encontro entre a vida afetiva das personagens e a vida profissional, que traz ao seriado uma realidade muito forte.

Você pode exercer qualquer função que seja, mas não deixa de ser humano, de ter sentimentos, envolvimentos e relações.

Tanto a primeira quanto a segunda temporada mostraram as personagens como mulheres fortes, empoderadas, dinâmicas, atuantes e que lidam com seus próprios sentimentos com a mesma intensidade.

http://artecult.com/wp-content/uploads/2020/05/assets_fotos_844_camila-pitanga-comenta-sobre-a-complexidade-de-sua-personagem-em-aruanas-174c9f51be52-500x333.jpg

A minissérie deve incomodar muita gente em vários aspectos:

  1. Diversidade, as relações humanas estabelecidas, não têm limites de gênero, raça, religião ou opiniões divergentes. Há uma naturalidade deliciosa nas cenas de envolvimentos diversos, não existem rótulos ou relações construídas, acontecem absolutamente naturais;
  2. Equilíbrio Ambiental, os textos são consistentes e mostram dados concretos sobre a situação atual do planeta e a esfera Brasil dentro desse contexto;
  3. Corrupção, não é limitada, está em todos os níveis e a degradação do caráter das pessoas, que entram por uma atitude pequena numa negociata e acabam envolvidas pelo mar de lama das megaoperações;
  4. Uma visão das necessidades financeiras e dos apoios de ambos os lados. A defesa da natureza possui adeptos conscientes de seu papel na sociedade e não benevolentes e sonhadores;

Aspectos artísticos:

  1. Cenários impecáveis;
  2. Cortes precisos e um encadeamento de ideias muito bem elaborado;
  3. Som impactante;
  4. Atuações equilibradas entre “bandido e mocinho”, há uma força muito bem arquitetada na vilã, no embate ao grupo de “mocinhos e mocinhas”. 
  5. Uma iluminação excelente.

Cenas que merecem atenção, sem dar spoiler:

  1. Atuação de Camila Pitanga e de Tais Araujo quando defendem seus posicionamentos;
  2. Lima Duarte aparece pouco, mas é marcante;
  3. As discussões pessoais de Debora Fallabella e Taís Araújo;
  4. O medo nos olhos de Leandra Leal nas situações de perigo.

Eu poderia dar muitas outras dicas para você focar sua atenção, mas sem querer acabaria sendo spoiler. Isso Basta!

Alguns aspectos muito equilibrados:

  1. Cenas sensuais;
  2. Cenas nas matas;
  3. Violência gratuita não existe;
  4. A visão de uma ONG como organização.

Em breve tem mais.

Assista!

Disponível no Globo Play, vale a pena.

Não temos nenhum vínculo com qualquer veículo de comunicação.