
Texto inspirado nas conversas das amigas de caminhada: Lee Larson, Jo Bernardo e Cris, ao longo da balada da Lua Cheia
Diálogo entre um aprendiz e seu mestre:
Mestre:
O verbo mais importante da vida é viver, e viver está bem longe do ‘jeito contemporâneo’ de sobreviver!!!
Os movimentos da vida são complexos e ao mesmo tempo muito simples, meu jovem.
Aprendiz:
Nossa, mestre, mas como assim?
Para mim parece tudo tão confuso…
Mestre:
Todos os dias, ao abrirmos os olhos, temos uma nova chance. Se pensarmos bem, devo concordar com alguns pensadores e religiosos que a cada manhã temos uma nova vida pela frente.
E, ao longo desse dia, digo vida, o que vai importar será quantas vezes conseguimos superar nossos desafios e não quantas vezes erramos, pois o erro e a dor são coisas inerentes à vida humana.
Aprendiz:
A dor?
Mestre:
Sim, a dor.
Como dizia Buda: “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.
A vida é uma grande experiência, maravilhosa, uma oportunidade divina cheia de mistérios, que na maioria das vezes precisam ser sentidos e não compreendidos.
Nesse aspecto, é que esse percurso pode se tornar complexo ou simples e isso depende única e exclusivamente de nós.
Aprendiz:
Muita responsabilidade, não?
Mestre:
Sim, porém, na mesma medida em que isso torna-se para os seres mundanos uma possibilidade de angústia, para os mais despertos é a liberdade.
Aprendiz:
Despertos?
Mestre:
Sim, um dia compreenderá, meu jovem.
Pois quando há o entendimento por meio da busca no lugar certo, paramos instantaneamente de procurar fora o que está dentro.
Aprendiz:
Certo, já entendi então, mestre. Isso parece ser simples, não é?
Já que está tudo aqui dentro?
Mestre:
Deveria ser meu caro, porém aqui entra a complexidade que lhe falei.
Ao longo do processo de vida do ser humano, desde sua concepção, ele encontra muitos ruídos, traumas e influências que causam uma profunda desconexão com o seu Eu verdadeiro.
Aprendiz:
Mas isso é realmente possível, mestre?
Mestre:
Sim, a boa notícia é que a reconexão é possível, contudo, desde que estejamos dispostos a viver na plenitude desse verbo, tratar nosso ego com profundo amor, como dizia Osho e retirar os véus de Maya, como sabiamente já diziam os filósofos hindus.
Aprendiz:
E como é isso?
Como faço para tirar esses véus, mestre?
Mestre:
Meu jovem, vejo que ainda possui muitas perguntas a mim, sendo assim, devo lhe dizer que ainda tem uma caminhada, digamos, considerável!