
Texto adaptado de Louise Morgan, Walking on Air (Inside Yourself) – 1954
Não há atividade mais satisfatória do que caminhar com facilidade, equilíbrio e confiança.
Caminhar requer uma coordenação complexa, o que o torna um ‘exercício’ único para o bem-estar e a saúde do organismo.
Caminhar é a repetição, de modo fluido e constante, de um ciclo de movimentos.
O que precisamos é deixar que aconteçam com eficiência e sem esforço excessivo. Andamos mal porque nos usamos mal.
“A fisiologia da caminhada é, de fato, bastante simples: mantendo o corpo alongado (alongamento da coluna), permita que ele se incline para a frente a partir do tornozelo do pé de apoio, enquanto transfere o peso para o pé que avançou” (F. M. Alexander).
Podemos andar com elegância na vida diária, mantendo um bom uso de nós mesmos. E isso ocorre quando os movimentos expressam não só beleza e força, mas também saúde.
“Andar no ar” é o que define a experiência de caminhar adequadamente. É como ter asas.
Pensar nas três instruções abaixo facilita esse processo:
– que a cabeça se mova para a frente e para o alto;
– que a coluna se alongue;
– que os ombros descansem sobre o tronco, movendo-se para os lados.
Os pés devem mandar o corpo para cima, em vez de puxarem para baixo. E a cada passo devemos manter o tronco elevado, equilibrado e impelido para adiante.
Para um ‘passo arejado’, evite bater o calcanhar com força. Os pés são tão importantes quanto as mãos. Trate-os com cuidado e conserve-os em boas condições.
Andar com os braços é outro hábito nocivo. Há quem os balance de forma vigorosa, o que é diferente do balanço rítmico e suave que acompanha a caminhada, como resultado do movimento do tronco.
Ao olhar para baixo use a inclinação da cabeça sobre o pescoço (‘para a frente e para o alto’) e não esqueça da mobilidade que os olhos possuem.
Um andar harmonioso pode ser adquirido por qualquer um e é algo que se difunde na personalidade da pessoa.